Posto de atendimento a refugiados é reinagurado no aeroporto Galeão
Depois de esforços de instituições como o PARES Cáritas RJ, o PAAHM foi transferido para um espaço maior e em um local estratégico: a saída do desembarque internacional.
Rio de Janeiro, 13 de fevereiro de 2020 - Ajuda e proteção essenciais a um piscar de olhos. O Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante (PAAHM) do Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, foi reinaugurado, com novas instalações e em um ponto estratégico, com objetivo de facilitar identificação, a recepção, o acolhimento e o encaminhamento de pessoas em situação de refúgio, brasileiros deportados, inadmitidos e vítimas de tráfico de pessoas.
O quiosque está agora localizado numa área nobre. Está em frente ao setor de desembarque internacional, no Terminal 2, com uma estrutura maior – um balcão e uma sala – e uma nova identidade visual, desenvolvida para facilitar a identificação pelo público-alvo, que precisa de proteção, informação e orientação. “A vantagem é que a gente tem literalmente a visão de quem chega. E a pessoa que chega em situação de vulnerabilidade, e que precisa dos serviços, vai ver o posto assim que ela sai do portão”, explica a representante do Comitê Estadual de Políticas para Refugiados, Rebeca Almeida.
É uma transformação e tanto. Desde a inauguração, em 2010, o posto ficava no Terminal 1, e fazia uma média de 400 atendimentos. Mas, com a desativação do terminal e transferência da companhias aéreas para o Terminal 2, em 2016, o centro perdeu a relevância, porque estava longe das pessoas que necessitavam do atendimento. “Chegamos a mudar para uma outra sala, no mesmo terminal, mas nessa época nosso trabalho ficou praticamente inoperante, porque era de difícil acesso para todo mundo”, lembra Milton Cruz, XXX
A mudança e melhoria do espaço é resultado de um esforço conjunto da Guarda Municipal, que mantém o posto há 10 anos, da Secretaria Estadual de Direitos Humanos do Rio de Janeiro, do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, da Coordenação Estadual de Migração e Refúgio, da Polícia Federal, do Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro, da Defensoria Pública da União, da Concessionária Rio Galeão, da Agência da ONU para Refugiados e do Programa de Atendimento a Refugiados e Solicitantes de Refúgio (PARES) da Cáritas RJ.
Funcionando 24 horas por dia, o PAAHM conta com o trabalho de oito guardas municipais, que trabalham em sistema de turnos. Uma outra novidade é o foco também nas pessoas em situação de refúgio. Ao lado do Acnur, o PARES Cáritas RJ contribuiu com a capacitação da equipe para o atendimento dessa comunidade. Também vai ser criado um grupo de trabalho com as instituições envolvidas para que as informações sejam compartilhadas e para o monitoramento dos serviços do posto.
“Nossa função é também ajudar com intérpretes, por exemplo, e com alertas sobre a chegada de pessoas em situação de vulnerabilidade. A ideia é dar o maior suporte possível para quem está atendendo e para quem está chegando”, explica a Coordenadora de Proteção do Programa, Larissa Geritana.
Quem trabalha lá também está confiante. “Nossa perspectiva é que volte com força total, para que a gente possa fazer essa acolhimento com qualidade. E em pouquíssimo tempo de reinauguração, já tivemos resultado, já atendemos algumas pessoas”, celebra Milton XXX.
Texto: Caroline Durand
Fotos:
O quiosque está agora localizado numa área nobre. Está em frente ao setor de desembarque internacional, no Terminal 2, com uma estrutura maior – um balcão e uma sala – e uma nova identidade visual, desenvolvida para facilitar a identificação pelo público-alvo, que precisa de proteção, informação e orientação. “A vantagem é que a gente tem literalmente a visão de quem chega. E a pessoa que chega em situação de vulnerabilidade, e que precisa dos serviços, vai ver o posto assim que ela sai do portão”, explica a representante do Comitê Estadual de Políticas para Refugiados, Rebeca Almeida.
É uma transformação e tanto. Desde a inauguração, em 2010, o posto ficava no Terminal 1, e fazia uma média de 400 atendimentos. Mas, com a desativação do terminal e transferência da companhias aéreas para o Terminal 2, em 2016, o centro perdeu a relevância, porque estava longe das pessoas que necessitavam do atendimento. “Chegamos a mudar para uma outra sala, no mesmo terminal, mas nessa época nosso trabalho ficou praticamente inoperante, porque era de difícil acesso para todo mundo”, lembra Milton Cruz, XXX
A mudança e melhoria do espaço é resultado de um esforço conjunto da Guarda Municipal, que mantém o posto há 10 anos, da Secretaria Estadual de Direitos Humanos do Rio de Janeiro, do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, da Coordenação Estadual de Migração e Refúgio, da Polícia Federal, do Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro, da Defensoria Pública da União, da Concessionária Rio Galeão, da Agência da ONU para Refugiados e do Programa de Atendimento a Refugiados e Solicitantes de Refúgio (PARES) da Cáritas RJ.
Funcionando 24 horas por dia, o PAAHM conta com o trabalho de oito guardas municipais, que trabalham em sistema de turnos. Uma outra novidade é o foco também nas pessoas em situação de refúgio. Ao lado do Acnur, o PARES Cáritas RJ contribuiu com a capacitação da equipe para o atendimento dessa comunidade. Também vai ser criado um grupo de trabalho com as instituições envolvidas para que as informações sejam compartilhadas e para o monitoramento dos serviços do posto.
“Nossa função é também ajudar com intérpretes, por exemplo, e com alertas sobre a chegada de pessoas em situação de vulnerabilidade. A ideia é dar o maior suporte possível para quem está atendendo e para quem está chegando”, explica a Coordenadora de Proteção do Programa, Larissa Geritana.
Quem trabalha lá também está confiante. “Nossa perspectiva é que volte com força total, para que a gente possa fazer essa acolhimento com qualidade. E em pouquíssimo tempo de reinauguração, já tivemos resultado, já atendemos algumas pessoas”, celebra Milton XXX.
Texto: Caroline Durand
Fotos: