Estudantes da PUC-Rio criam exposição sobre refúgio para apoiar projetos da Cáritas RJ
Mostra utiliza fotos, vídeos e experiências interativas para sensibilizar os visitantes sobre a realidade das pessoas refugiadas e convidá-los a se engajar na rede solidária.
Visitantes leem relatos reais de pessoas refugiadas na "árvore da vida", que abre a exposição "Refugiados no Brasil".
Rio de Janeiro, 28 de novembro de 2018 – Os pilotis da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) ganharam uma paisagem diferente nesta última semana de novembro. Rostos e relatos de pessoas em situação de refúgio atravessam os amplos corredores e convidam estudantes, professores e demais passantes a conhecer uma realidade dura, porém cada vez mais presente no Rio de Janeiro.
Essa é a proposta da exposição "Refugiados no Brasil – Seu Passaporte para a Solidariedade", montada por estudantes do Departamento de Comunicação Social da PUC-Rio, em parceria com o Programa de Atendimento a Refugiados e Solicitantes de Refúgio (PARES) da Cáritas do Rio de Janeiro, e com apoio da Vice-Reitoria Comunitária e do Centro de Ciências Sociais da Universidade.
Por meio de fotos, vídeos e experiências interativas, a mostra retrata os desafios enfrentados por pessoas que tiveram que deixar seus países em busca de proteção e apresenta os projetos que a instituição realiza para apoiá-las nesse recomeço.
A exposição é resultado de um convite feito à Cáritas RJ pelas professoras Cristina Bravo e Luciana Pereira, das disciplinas de Laboratório de Publicidade e Assessoria de Imprensa respectivamente, que solicitaram à instituição a apresentação de um desafio de comunicação integrada para seus alunos.
A proposta da responsável pela Mobilização de Recursos da Cáritas RJ, Mariana Sacramento, foi a criação de campanhas de sensibilização e de financiamento coletivo para oito projetos de acolhimento e integração das pessoas refugiadas.
Durante quatro meses, os estudantes debruçaram-se sobre o tema e o trabalho da Cáritas RJ. Ouviram palestras, conversaram com pessoas em situação de refúgio, pesquisaram, refletiram e colocaram os aprendizados em prática. Para apresentar os resultados, organizaram a exposição e lançaram uma campanha recorrente de arrecadação de recursos para os projetos estudados.
Essa é a proposta da exposição "Refugiados no Brasil – Seu Passaporte para a Solidariedade", montada por estudantes do Departamento de Comunicação Social da PUC-Rio, em parceria com o Programa de Atendimento a Refugiados e Solicitantes de Refúgio (PARES) da Cáritas do Rio de Janeiro, e com apoio da Vice-Reitoria Comunitária e do Centro de Ciências Sociais da Universidade.
Por meio de fotos, vídeos e experiências interativas, a mostra retrata os desafios enfrentados por pessoas que tiveram que deixar seus países em busca de proteção e apresenta os projetos que a instituição realiza para apoiá-las nesse recomeço.
A exposição é resultado de um convite feito à Cáritas RJ pelas professoras Cristina Bravo e Luciana Pereira, das disciplinas de Laboratório de Publicidade e Assessoria de Imprensa respectivamente, que solicitaram à instituição a apresentação de um desafio de comunicação integrada para seus alunos.
A proposta da responsável pela Mobilização de Recursos da Cáritas RJ, Mariana Sacramento, foi a criação de campanhas de sensibilização e de financiamento coletivo para oito projetos de acolhimento e integração das pessoas refugiadas.
Durante quatro meses, os estudantes debruçaram-se sobre o tema e o trabalho da Cáritas RJ. Ouviram palestras, conversaram com pessoas em situação de refúgio, pesquisaram, refletiram e colocaram os aprendizados em prática. Para apresentar os resultados, organizaram a exposição e lançaram uma campanha recorrente de arrecadação de recursos para os projetos estudados.
"O resultado final é maravilhoso e nos surpreende muito, não apenas pela qualidade da exposição como também pela dimensão que ela ganhou", celebrou Mariana Sacramento após percorrer os pilotis.
A exposição, que começou na segunda-feira (26/11) e vai até sexta-feira (30/11), tem chamado a atenção de muitas pessoas que passam pelos pilotis, atraindo um público interessado em conhecer a realidade dos refugiados e em apoiá-los na reconstrução da vida. No segundo dia, até mesmo o reitor da PUC-Rio, Pe. Josafá Carlos de Siqueira, visitou os estandes e elogiou a iniciativa. "Trata-se de um gesto simbólico extraordinário, que mostra a união de esforços da Universidade e da Cáritas no sentido de enfrentar um problema de escala internacional", afirmou o reitor. "Todos os estandes que visitei têm esse espírito solidário de buscar alternativas para ajudar os nossos irmãos que se encontram em situação muito difícil", completou Pe. Josafá Carlos de Siqueira. |
O reitor da PUC-Rio ao lado das professoras Luciana Pereira e Cristina Bravo.
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Experiências interativas
Com estrutura profissional, os oito estandes apresentam diversos projetos da Cáritas RJ, quase todos com experiências interativas. Logo na entrada, uma grande "árvore da vida", toda feita de madeira, oferece em seus "galhos" relatos reais de refugiados e imagens com flores típicas dos seus países de origem.
Em seguida, um sofá e a imagem de uma grande janela convidam os visitantes a conhecer a Casa de Acolhida Papa Francisco, que abriga venezuelanas vindas de Roraima pelo processo de interiorização do governo federal. Mais à frente, no estande do Curso de Português, quem se aproxima pode ouvir um áudio confuso em que o objetivo é mostrar que os refugiados, quando chegam, também não entendem nada antes de aprenderem o idioma.
A exposição inclui ainda uma câmara escura para os visitantes se colocarem "na pele" dos refugiados, um túnel com fotos e áudios instigantes e um trampolim, utilizado para simbolizar os "impulsos" que são tão importantes para as pessoas que chegam ao país sem uma rede de apoio.
"É muito bom estar participante desse estande", comentou a estudante do 6º período Marcela Riedel, que apresentava a futura plataforma on-line de oportunidades da Cáritas RJ.
"Eu tinha uma ideia irreal do que é ser um refugiado. Agora tenho uma outra visão sobre esse assunto."
A experiência de mergulhar no tema do refúgio também surpreendeu a estudante Giovanna Japiasso, que havia pesquisado sobre o projeto MARES (Mediação para o Aprendizado de Refugiados e Solicitantes), que orienta e encaminha o refugiado para continuar ou retomar a educação formal por meio de bolsas de estudo em instituições de ensino.
"O que me chamou muita atenção nesse processo foi a situação dos refugiados. Nunca parei para pensar na profissão prévia que eles pudessem ter. E que, ao se mudarem, acabam fazendo trabalhos que não têm a ver com a profissão deles", disse a estudante.
Com estrutura profissional, os oito estandes apresentam diversos projetos da Cáritas RJ, quase todos com experiências interativas. Logo na entrada, uma grande "árvore da vida", toda feita de madeira, oferece em seus "galhos" relatos reais de refugiados e imagens com flores típicas dos seus países de origem.
Em seguida, um sofá e a imagem de uma grande janela convidam os visitantes a conhecer a Casa de Acolhida Papa Francisco, que abriga venezuelanas vindas de Roraima pelo processo de interiorização do governo federal. Mais à frente, no estande do Curso de Português, quem se aproxima pode ouvir um áudio confuso em que o objetivo é mostrar que os refugiados, quando chegam, também não entendem nada antes de aprenderem o idioma.
A exposição inclui ainda uma câmara escura para os visitantes se colocarem "na pele" dos refugiados, um túnel com fotos e áudios instigantes e um trampolim, utilizado para simbolizar os "impulsos" que são tão importantes para as pessoas que chegam ao país sem uma rede de apoio.
"É muito bom estar participante desse estande", comentou a estudante do 6º período Marcela Riedel, que apresentava a futura plataforma on-line de oportunidades da Cáritas RJ.
"Eu tinha uma ideia irreal do que é ser um refugiado. Agora tenho uma outra visão sobre esse assunto."
A experiência de mergulhar no tema do refúgio também surpreendeu a estudante Giovanna Japiasso, que havia pesquisado sobre o projeto MARES (Mediação para o Aprendizado de Refugiados e Solicitantes), que orienta e encaminha o refugiado para continuar ou retomar a educação formal por meio de bolsas de estudo em instituições de ensino.
"O que me chamou muita atenção nesse processo foi a situação dos refugiados. Nunca parei para pensar na profissão prévia que eles pudessem ter. E que, ao se mudarem, acabam fazendo trabalhos que não têm a ver com a profissão deles", disse a estudante.
Projetos em exposição:
Serviço:
Refugiados no Brasil – Seu Passaporte para a Solidariedade
Data: 26 a 30 de novembro
Hora: das 9h às 17h
Local: Pilotis da Ala Frings - PUC-Rio (Rua Marquês de São Vicente, 225 – Gávea)
Entrada gratuita
Texto: Diogo Felix e Ana Carolina Francisco
Fotos: Diogo Felix
- Arteterapia | promove atividades lúdicas e brincadeiras para tratar traumas e experiências do refúgio em crianças.
- Casa de Acolhida | recebe e acolhe mulheres e crianças refugiadas venezuelanas que vieram para o Rio de Janeiro pelo processo de interiorização do governo federal
- Cores (Coletivo de Refugiados Empreendedores) | oferece formação em empreendedorismo a fim de inserir as pessoas refugiadas no mercado de trabalho e nas redes de relacionamento profissional.
- Curso de Português | integra o refugiado por meio do aprendizado do português em um curso lecionado em quatro idiomas.
- Mares | orienta e encaminha o refugiado para continuar ou retomar a educação formal por meio de bolsas de estudo em instituições de ensino.
- Plataforma de Oportunidades | faz a mediação entre as pessoas refugiadas que podem oferecer serviços ou conhecimentos e as pessoas e/ou empresas que buscam esses profissionais.
- Proteção Legal | auxilia na obtenção de documentos e orienta sobre direitos garantidos pela lei ao refugiado que chega ao país.
- Refugiados nas Escolas | organiza palestras e encontros entre pessoas refugiadas e estudantes para apresentar a realidade do refúgio e combater o preconceito.
Serviço:
Refugiados no Brasil – Seu Passaporte para a Solidariedade
Data: 26 a 30 de novembro
Hora: das 9h às 17h
Local: Pilotis da Ala Frings - PUC-Rio (Rua Marquês de São Vicente, 225 – Gávea)
Entrada gratuita
Texto: Diogo Felix e Ana Carolina Francisco
Fotos: Diogo Felix