©PARES Cáritas RJ/Diogo Felix
Recomeçar em um país estrangeiro nunca é tarefa fácil. Pessoas em busca de refúgio deixam tudo para trás em seus países de origem e precisam gerar uma fonte de renda com urgência no novo país.
O projeto CORES (Coletivo de Refugiados Empreendedores), desenvolvido pela Cáritas RJ, desde 2017, em parceria com o SEBRAE-RJ, oferece capacitação aos refugiados, motivando-os a abrir e profissionalizar seu próprio negócio. Na primeira edição, o CORES qualificou profissionais com talento e experiência em costura e gastronomia. Na edição de 2018, o projeto incentivou talentos de profissionais de cabelo.
O projeto CORES (Coletivo de Refugiados Empreendedores), desenvolvido pela Cáritas RJ, desde 2017, em parceria com o SEBRAE-RJ, oferece capacitação aos refugiados, motivando-os a abrir e profissionalizar seu próprio negócio. Na primeira edição, o CORES qualificou profissionais com talento e experiência em costura e gastronomia. Na edição de 2018, o projeto incentivou talentos de profissionais de cabelo.
CORES 2018
ResultadosA edição do CORES de 2018 capacitou profissionais do cabelo, oferecendo cursos como os de Empreendedorismo e Mercado de Beleza. Identidade Cultural, além de práticas em salões de beleza parceiros com profissionais cabeleireiros renomados, como Flávio Rodrigues, do Espaço Fênix, Marta Merenciana, da Associação Brasileira de Tricologia Multidisciplinar, e a dupla Marília Gabriela e Bruna Teodora, do Salão Affro Divas. |
Após seis meses de aprendizado e muita dedicação, sete mulheres refugiadas de diferentes países, como Venezuela, Angola e República Democrática do Congo concluíram sua formação em empreendedorismo do CORES.
Na edição de 2018, além do conteúdo teórico já fornecido pelo Sebrae, as participantes também tiveram aulas culturais oferecidas pelo Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC) da UFRJ. Nesta parceria, o projeto de extensão do PACC chamado Universidade das Quebradas ganhou um novo nome: Universidade das Chegadas. Aulas como "Corpo e beleza na cultura carioca" e "Identidade, cabelo e comportamento" propiciaram às alunas conhecimentos importantes para atuar no mercado do Rio de Janeiro.
Na edição de 2018, além do conteúdo teórico já fornecido pelo Sebrae, as participantes também tiveram aulas culturais oferecidas pelo Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC) da UFRJ. Nesta parceria, o projeto de extensão do PACC chamado Universidade das Quebradas ganhou um novo nome: Universidade das Chegadas. Aulas como "Corpo e beleza na cultura carioca" e "Identidade, cabelo e comportamento" propiciaram às alunas conhecimentos importantes para atuar no mercado do Rio de Janeiro.
O encerramento do curso, com a entrega dos diplomas, foi realizado durante o Happy Hour do Nex Coworking, ao som do congolês Zola Star e com a diversidade da gastronomia oferecida por refugiados que participaram do CORES 2017. As formandas também mostraram um pouco do que aprenderam, fazendo tranças e penteados étnicos nos convidados do evento.
A angolana Natália Luemba, que entrelaça cabelos desde pequena em sua terra natal, já faz planos. Agora formada como empreendedora, ela tem sonhos de abrir seu próprio espaço de trabalho: "Quero abrir um salão de beleza. Ainda falta o dinheiro, mas um dia vou conseguir e vou fazer". |
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CORES 2017
ResultadosEm 2017, os participantes do projeto receberam cerca de 150 horas de capacitação ao longo de seis meses. Dos 20 alunos que iniciaram a formação, todos adquiriram o conteúdo básico de empreendedorismo do SEBRAE, e nove concluíram os três módulos do programa. Em novembro, após seis meses de aprendizado teórico e prático, foi realizado um evento no Nex Coworking, espaço que abriga diversas empresas de economia criativa, para apresentar ao público os negócios desenvolvidos ao longo da formação.
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Na ocasião, o público brasileiro pôde apreciar a culinária da Nigéria, da Colômbia e do Líbano. No caso do Líbano, os produtos foram oferecidos por Maria El Warrak, refugiada venezuelana que decidiu utilizar os segredos da gastronomia árabe, aprendidos com a mãe libanesa, para ganhar a vida no Rio de Janeiro, onde chegou há cerca de dois anos. O negócio é tocado com o marido, José Alvarado, que conta já estar colocando em prática o que aprendeu no CORES.
"O aprendizado foi excepcional. Conhecemos ferramentas administrativas e econômicas para o nosso negócio e aprendemos como reforçar as parcerias e chegar a novos clientes", diz José. |
Entre as costureiras, congolesas e angolanas trouxeram de seus países o conhecimento sobre costura e tecidos africanos originais, e descobriram sua força na ação conjunta. Sob a orientação da brasileira Emanuela Pinheiro, tutora voluntária nas aulas de costura, elas criaram um coletivo de costura batizado de Mulheres do Sul Global.
A primeira coleção, elaborada durante o CORES, foi uma linha de produtos para chefs profissionais e amantes da cozinha, produzida com tecidos africanos originais. Dólmãs, aventais, toucas, entre outras peças. A iniciativa já rendeu frutos: o projeto ganhou dois prêmios em inovação social e economia criativa: o 1º lugar no prêmio Shell Iniciativa Jovem e o Desafio de Moda Sustentável do ColaborAmerica 2017. |