Evento discute acolhimento e proteção a refugiados no RJ
Primeira edição do "Encontros PARES" reuniu dezenas de pessoas no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Rio de Janeiro, 02 de outubro de 2019 - Saúde, educação, documentação e trabalho foram alguns dos temas discutidos na primeira edição do "Encontros PARES", no dia 26 de setembro, no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O evento é um esforço do Programa de Atendimento a Refugiados e Solicitantes de Refúgio (PARES) da Cáritas do Rio de Janeiro para compartilhar com a sociedade os desafios percebidos e enfrentados no dia-a-dia do atendimento a pessoas refugiadas na instituição.
O auditório esteve cheio durante todo o dia para as duas mesas de discussões, que reuniram alguns dos principais atores envolvidos no acolhimento e na proteção a pessoas refugiadas no estado. Um dos destaques foi a fala da solicitante de refúgio venezuelana Maria Gabriela Moreno, que compartilhou um pouco da sua história e das experiências vividas pelos venezuelanos no Rio de Janeiro, emocionando muitos dos presentes.
Após o encerramento da segunda mesa, o PARES lançou uma série de vídeos chamada "Cáritas Explica", destinada às pessoas em situação de refúgio não apenas no Rio, mas em todo o Brasil. São 13 vídeos, legendados em quatro idiomas (inglês, francês, espanhol e árabe), com informações sobre o processo de solicitação de refúgio e sobre outros temas relacionados à vida das pessoas refugiadas no país.
Veja abaixo alguns destaques selecionados a partir das exposições dos participantes do evento.
"Não podemos falar de um ambiente bom se a parte social está ruim. A questão dos refugiados tomou um tamanho que, começando com passos de formiguinha, agimos para abraçá-la."
Rosiléa Di Masi – Diretora do Departamento de Ações Pró-Sustentabilidade do TJ-RJ
"O Brasil tem boas práticas para atendimentos para migrantes e refugiados. As ações realizadas por diversas organizações aqui são referências no mundo."
Dr. Cândido Feliciano – Diretor Executivo da Cáritas RJ
"O Cristo Redentor no Rio, sempre de braços abertos, inspira nosso trabalho. É uma iniciativa de amor, de amor pelo próximo. E em nome desse amor, buscamos relações duradouras e soluções para os desamparados, para quem está longe da sua casa, da sua cultura, para que possam encontrar aqui um ambiente fabuloso."
Padre Omar – Pároco da Paróquia São José e Reitor do Santuário do Cristo Redentor
"Nosso objetivo é basicamente manter a rede conversando, e fazer com que os casos não se agravem em vulnerabilidade. A ideia é evitar os agravos. Os refugiados e solicitantes de refúgio já vivem uma situação ruim, precisamos fazer com que não piore, que não haja precarização da vida".
Rebeca Almeida – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos
"Nossa ideia ao pensar no protocolo de atendimento a migrantes e refugiados, o MigraRio, era criar um norteador e capacitar a equipe para receber os solicitantes de refúgio e refugiados quando chegam ao equipamento da assistência, a fim de que haja instrumentalização para o atendimento adequado."
Cristiane Lessa – Secretaria Municipal de Direitos Humanos
"Acreditem que somos a maioria pessoas boas que estão saindo para procurar oportunidades para fazer coisas boas nos países para onde estamos indo. Sempre que você fala com um refugiado, falamos a mesma coisa, a intenção é de crescer. Somos refugiados, não foragidos."
Maria Gabriela Moreno – Solicitante de Refúgio da Venezuela
"Para a Cáritas RJ, é uma alegria ser um vínculo e ser útil para a vida do solicitante de refúgio e do refugiado, mas a meta é que eles reconstruam a vida com autonomia e se tornem autossuficientes. Se o refugiado deixa de ir à Cáritas, nosso trabalho foi bem feito."
Aline Thuller – PARES Cáritas RJ
"Uma situação que precisa de especial atenção é a de adolescentes e crianças que chegam desacompanhados."
Renato Machado – Ministério Público Federal
"Um dos entraves para o acesso aos direitos é a falta de conhecimento. As pessoas em situação de refúgio recém-chegadas não sabem ainda dos nossos sistemas de garantia. Por isso a importância de rodas de conversa e de Educação em Direitos."
Gislaine Kepe – Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro
"O primeiro desafio talvez seja garantir que consigam entrar aqui, se deparando com fronteiras e aeroportos abertos e acolhedores. Depois, que possam se documentar, e que possam acessar nossas redes de direito."
Sílvia Sander – ACNUR Brasil
"O enfrentamento e a garantia de direitos para refugiados e solicitantes andam em casamento muito fino com o conjunto das demandas de garantia de direitos de cidadania no Brasil."
Ana Karina Brenner - Cátedra Sérgio Vieira de Melo da Uerj
"A sociedade civil que não trabalha diretamente com o atendimento a refugiados apoia essas pessoas ao atuar junto aos parlamentares contra propostas de lei que ameaçam os direitos do migrante. A pressão popular funciona. É uma forma de estarmos juntos, trabalhando no tema, em defesa do migrante."
Larissa Getirana – PARES Cáritas RJ
O auditório esteve cheio durante todo o dia para as duas mesas de discussões, que reuniram alguns dos principais atores envolvidos no acolhimento e na proteção a pessoas refugiadas no estado. Um dos destaques foi a fala da solicitante de refúgio venezuelana Maria Gabriela Moreno, que compartilhou um pouco da sua história e das experiências vividas pelos venezuelanos no Rio de Janeiro, emocionando muitos dos presentes.
Após o encerramento da segunda mesa, o PARES lançou uma série de vídeos chamada "Cáritas Explica", destinada às pessoas em situação de refúgio não apenas no Rio, mas em todo o Brasil. São 13 vídeos, legendados em quatro idiomas (inglês, francês, espanhol e árabe), com informações sobre o processo de solicitação de refúgio e sobre outros temas relacionados à vida das pessoas refugiadas no país.
Veja abaixo alguns destaques selecionados a partir das exposições dos participantes do evento.
- Mesa de abertura
"Não podemos falar de um ambiente bom se a parte social está ruim. A questão dos refugiados tomou um tamanho que, começando com passos de formiguinha, agimos para abraçá-la."
Rosiléa Di Masi – Diretora do Departamento de Ações Pró-Sustentabilidade do TJ-RJ
"O Brasil tem boas práticas para atendimentos para migrantes e refugiados. As ações realizadas por diversas organizações aqui são referências no mundo."
Dr. Cândido Feliciano – Diretor Executivo da Cáritas RJ
"O Cristo Redentor no Rio, sempre de braços abertos, inspira nosso trabalho. É uma iniciativa de amor, de amor pelo próximo. E em nome desse amor, buscamos relações duradouras e soluções para os desamparados, para quem está longe da sua casa, da sua cultura, para que possam encontrar aqui um ambiente fabuloso."
Padre Omar – Pároco da Paróquia São José e Reitor do Santuário do Cristo Redentor
- Mesa 1: Panorama do Acolhimento a Refugiados e Solicitantes de Refúgio no RJ
"Nosso objetivo é basicamente manter a rede conversando, e fazer com que os casos não se agravem em vulnerabilidade. A ideia é evitar os agravos. Os refugiados e solicitantes de refúgio já vivem uma situação ruim, precisamos fazer com que não piore, que não haja precarização da vida".
Rebeca Almeida – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos
"Nossa ideia ao pensar no protocolo de atendimento a migrantes e refugiados, o MigraRio, era criar um norteador e capacitar a equipe para receber os solicitantes de refúgio e refugiados quando chegam ao equipamento da assistência, a fim de que haja instrumentalização para o atendimento adequado."
Cristiane Lessa – Secretaria Municipal de Direitos Humanos
"Acreditem que somos a maioria pessoas boas que estão saindo para procurar oportunidades para fazer coisas boas nos países para onde estamos indo. Sempre que você fala com um refugiado, falamos a mesma coisa, a intenção é de crescer. Somos refugiados, não foragidos."
Maria Gabriela Moreno – Solicitante de Refúgio da Venezuela
"Para a Cáritas RJ, é uma alegria ser um vínculo e ser útil para a vida do solicitante de refúgio e do refugiado, mas a meta é que eles reconstruam a vida com autonomia e se tornem autossuficientes. Se o refugiado deixa de ir à Cáritas, nosso trabalho foi bem feito."
Aline Thuller – PARES Cáritas RJ
- Mesa 2: Desafios para a Garantia de Direitos das Pessoas em Situação de Refúgio
"Uma situação que precisa de especial atenção é a de adolescentes e crianças que chegam desacompanhados."
Renato Machado – Ministério Público Federal
"Um dos entraves para o acesso aos direitos é a falta de conhecimento. As pessoas em situação de refúgio recém-chegadas não sabem ainda dos nossos sistemas de garantia. Por isso a importância de rodas de conversa e de Educação em Direitos."
Gislaine Kepe – Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro
"O primeiro desafio talvez seja garantir que consigam entrar aqui, se deparando com fronteiras e aeroportos abertos e acolhedores. Depois, que possam se documentar, e que possam acessar nossas redes de direito."
Sílvia Sander – ACNUR Brasil
"O enfrentamento e a garantia de direitos para refugiados e solicitantes andam em casamento muito fino com o conjunto das demandas de garantia de direitos de cidadania no Brasil."
Ana Karina Brenner - Cátedra Sérgio Vieira de Melo da Uerj
"A sociedade civil que não trabalha diretamente com o atendimento a refugiados apoia essas pessoas ao atuar junto aos parlamentares contra propostas de lei que ameaçam os direitos do migrante. A pressão popular funciona. É uma forma de estarmos juntos, trabalhando no tema, em defesa do migrante."
Larissa Getirana – PARES Cáritas RJ