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NOTÍCIAS

Venezuelanas criam exposição sobre refúgio e violência contra mulher

Mostra, que será exibida no Sesc Madureira, é resultado de oficinas realizadas na Casa de Acolhida Papa Francisco.
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​​​Rio de Janeiro, 16 de dezembro de 2019 - A violência contra as mulheres está presente no mundo todo, independentemente de nacionalidade, status social, nível econômico ou qualquer critério identitário. No caso da mulher refugiada, porém, a violência do deslocamento forçado, do desenraizamento, das dificuldades de integração e, muitas vezes, da falta de perspectiva somam-se à violência de gênero.

Todos os anos, o Programa de Atendimento a Refugiados e Solicitantes de Refúgio (PARES) da Cáritas RJ, em parceria com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), procura trabalhar o tema com essa população, no marco da campanha internacional "16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres", que é realizada entre 25 de novembro e 10 de dezembro.

Em 2019, o tópico da violência contra as mulheres foi abordado com 13 venezuelanas que residem na Casa de Acolhida Papa Francisco, administrada pela instituição. As atividades foram divididas em duas frentes: uma de discussão, com rodas de conversa a respeito de gênero e violência; e outra prática, com oficinas e vivências que valorizaram processos terapêuticos, sociais, capacitacionais e artísticos.

Nas rodas, a consultora de gênero e novas masculinidades Gabriela Azevedo de Aguiar propôs discussões sobre questões como a construção dos papeis sociais de mulheres e homens; machismo; relações de poder; diferentes formas de violência às quais as mulheres são submetidas; e violência no ambiente familiar.

"Muitas das mulheres da casa passaram por situações diversas de violência e puderam expressar algumas dessas situações e terem acolhimento", conta a consultora. "As dinâmicas também tiveram o intuito de desnaturalizar comportamentos violentos, seja entre os casais ou mesmo dentro da casa, já que elas estão numa situação provisória que gera bastante angústia e alguns conflitos.

Segundo a psicóloga do PARES Cáritas RJ, Carine Almeida, muitas das mulheres que já passaram pela Casa de Acolhida Papa Francisco optaram pelo programa de interiorização – transferência de Roraima para outros estados do Brasil, como o Rio de Janeiro – para fugir de relacionamentos abusivos. Por isso, a instituição decidiu abordar a violência de gênero com as mulheres do abrigo este ano.

"Quando uma mulher tem uma maior consciência de si, de quem é, da história que tem, ela fica menos passível de se submeter às situações de violência por parte de parceiros", diz a psicóloga.

Arte para expressar identidades femininas
Nas atividades práticas, além das oficinas de automaquiagem, dança e confecção de biojoias e sabonetes artesanais, oferecidas pelo Sesc Rio, as venezuelanas puderam se expressar artisticamente a partir de uma proposta de reconstrução e reflexão sobre cenas do seu passado, sob a orientação da artista plástica Marina Lattuca.

"Elaborei as oficinas com o intuito de tratar de algo tão objetivo e concreto como a violência, de forma simbólica", explica a artista. "Quando falamos de fronteiras, família, pátria e amor estamos fazendo-o da perspectiva de mulheres e, de certa forma, estamos comunicando o que nos é privado e tolhido."
 
"Na última oficina, contei para elas sobre a campanha e sobre como a imersão esteve inserida nesse contexto, logo em seguida propus um exercício em que elas se lembrassem da primeira vez em que se sentiram como mulheres na vida. Ao lembrar da ocasião elas retrataram o sentimento visualmente e depois conversamos sobre o que estava implícito nas obras sobre ser mulher. Foi bem interessante."
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Construção do painel coletivo com alusões à migração da Venezuela para o Brasil.
O resultado do trabalho ficará em exposição no Sesc Madureira a partir do dia 21 de dezembro. A mostra "Los Nudos Del Mundo" inclui trabalhos individuais e um painel coletivo, além de registros fotográficos e um filme, feitos durante as oficinas pela fotógrafa e cinegrafista Luiza Trindade. Os visitantes poderão ver, em muitas cores, o produto desses cruzamentos entre refúgio, feminilidade, violência e arte.

"As mulheres refugiadas enfrentam diversos desafios e violências durante o processo de refúgio", ressalta a consultora Gabriela Azevedo de Aguiar. "Não é nada fácil deixar filhos, pais, maridos e amigos no país de origem para conseguir reconstruir a vida - mesmo que provisoriamente - em outro país. A dureza do cotidiano às vezes não as deixa perceber o quanto já puderam transformar concepções e regras nas quais cresceram e viviam, sobre aquilo que uma mulher deveria ou poderia fazer."

Partindo das próprias experiências, as venezuelanas também vão se empoderando nas discussões e no fazer artístico. Esse é, afinal, um dos objetivos da campanha "16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres".
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"Perceber-se forte, mesmo estando numa situação de vulnerabilidade, pode ajudá-las a enfrentar os desafios e conquistar seus objetivos, como a obtenção de um emprego. Cuidar da saúde mental das mulheres refugiadas é essencial para que elas se percebam como protagonistas de suas próprias histórias e consigam continuar a construir seus caminhos com dignidade e livres de violência", conclui Gabriela.

Serviço:
Exposição "Los Nudos Del Mundo"
Sesc Madureira (Rua Ewbanck da Câmara, 90 - Rio de Janeiro)
21/12/2019 a 21/01/2020
Mais informações, na página do evento no Facebook.

​Texto: Diogo Felix
Fotos: Luiza Trindade
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