Show arrecada mais de R$ 20 mil em prol das vítimas dos ciclones em Moçambique
Ação AMOçambique reuniu grandes artistas no Circo Voador e deu o pontapé inicial na campanha de financiamento coletivo, que precisa angariar R$ 50 mil.
Fotos: Luciana Queiroz/PARES Cáritas RJ
Rio de Janeiro, 03 de maio de 2019 - A festa foi no Rio de Janeiro, mas corações e mentes estavam em Moçambique. A recente tragédia climática no país, devastado pela passagem dos ciclones Idai e Kenneth e pelas subsequentes inundações, mobilizou artistas renomados, casas de shows e entidades da sociedade civil na Ação AMOçambique, com o objetivo de arrecadar recursos em apoio às vítimas. No Dia do Trabalhador, o Circo Voador recebeu um show beneficente que arrecadou R$ 20.023,87.
A iniciativa é uma realização da Audio Rebel e do Coletivo Pretaria, com apoio da Ação da Cidadania e do PARES Cáritas RJ na organização. A apresentação na Lapa foi o pontapé inicial na campanha de financiamento coletivo, que continua até o fim de maio na plataforma Benfeitoria e pretende arrecadar R$ 50 mil. Para contribuir, acesse o site da campanha.
A festa no Circo começou às 21h50, com o show de abertura de André Sampaio, ex-guitarrista da banda de reggae Ponto de Equilíbrio. Após um pequeno intervalo, em que foi exibido um vídeo com imagens das inundações em Moçambique, foi a vez de a anfitriã da noite, Abayomy Afrobeat Orquestra, subir ao palco. Com diversos percussionistas e um trio de metais afinadíssimo, o grupo transportou o público para a África, ao dançante som do afrobeat inventado pelo nigeriano Fela Kuti.
Em seguida, foram chamados, um a um, os convidados, todos intimamente ligados à criação artística negra e à experiência da negritude. Maíra Freitas manteve a energia no alto. Teresa Cristina embalou com "Histórias Para Ninar Gente Grande", samba-enredo da Mangueira campeã do Carnaval de 2019. Seguiram-se Pretinho da Serrinha e Zola Star, músico congolês-angolano, que chegou ao Brasil como refugiado nos anos 1990. Fecharam a noite BNegão Bota Som e Baco Exú do Blues, que incendiou a plateia com a canção "Flamingos", em dueto com Maíra Freitas. Nenhum dos artistas cobrou cachê pela apresentação.
O PARES Cáritas RJ irá direcionar todo o dinheiro arrecadado pela Ação AMOçambique para a SOS África: Moçambique, Zimbábue e Maláui, campanha da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e da Cáritas Brasileira, que oferece ajuda humanitária aos países afetados pelos ciclones.
Gastronomia de refugiados
No mesmo dia, mas à tarde, o Centro Cultural Ação da Cidadania recebeu outro evento da Ação AMOçambique, funcionando como polo de convergência e engajamento. A proposta de imersão no continente africano incluiu pocket shows, exibição de filmes africanos, presença de intelectuais e da afrodiáspora e uma feira de moda e gastronomia com a presença de refugiados.
Texto: Diogo Felix
A iniciativa é uma realização da Audio Rebel e do Coletivo Pretaria, com apoio da Ação da Cidadania e do PARES Cáritas RJ na organização. A apresentação na Lapa foi o pontapé inicial na campanha de financiamento coletivo, que continua até o fim de maio na plataforma Benfeitoria e pretende arrecadar R$ 50 mil. Para contribuir, acesse o site da campanha.
A festa no Circo começou às 21h50, com o show de abertura de André Sampaio, ex-guitarrista da banda de reggae Ponto de Equilíbrio. Após um pequeno intervalo, em que foi exibido um vídeo com imagens das inundações em Moçambique, foi a vez de a anfitriã da noite, Abayomy Afrobeat Orquestra, subir ao palco. Com diversos percussionistas e um trio de metais afinadíssimo, o grupo transportou o público para a África, ao dançante som do afrobeat inventado pelo nigeriano Fela Kuti.
Em seguida, foram chamados, um a um, os convidados, todos intimamente ligados à criação artística negra e à experiência da negritude. Maíra Freitas manteve a energia no alto. Teresa Cristina embalou com "Histórias Para Ninar Gente Grande", samba-enredo da Mangueira campeã do Carnaval de 2019. Seguiram-se Pretinho da Serrinha e Zola Star, músico congolês-angolano, que chegou ao Brasil como refugiado nos anos 1990. Fecharam a noite BNegão Bota Som e Baco Exú do Blues, que incendiou a plateia com a canção "Flamingos", em dueto com Maíra Freitas. Nenhum dos artistas cobrou cachê pela apresentação.
O PARES Cáritas RJ irá direcionar todo o dinheiro arrecadado pela Ação AMOçambique para a SOS África: Moçambique, Zimbábue e Maláui, campanha da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e da Cáritas Brasileira, que oferece ajuda humanitária aos países afetados pelos ciclones.
Gastronomia de refugiados
No mesmo dia, mas à tarde, o Centro Cultural Ação da Cidadania recebeu outro evento da Ação AMOçambique, funcionando como polo de convergência e engajamento. A proposta de imersão no continente africano incluiu pocket shows, exibição de filmes africanos, presença de intelectuais e da afrodiáspora e uma feira de moda e gastronomia com a presença de refugiados.
Texto: Diogo Felix
Fotos: Mídia Ninja