Inaugurado novo núcleo de atendimento da Cáritas RJ em São Gonçalo
Refugiados e solicitantes de refúgio podem receber atendimento gratuito, com assistente social, além de benefícios como auxílio saúde e consultoria profissional.
Equipes da Cáritas RJ, ENEL e AVSI BRASIL com alguns dos refugiados moradores de São Gonçalo beneficiados pelo atendimento no novo posto.
Rio de Janeiro, 14 de agosto de 2018 – O Programa de Atendimento a Refugiados (PARES) da Cáritas RJ inaugurou, no final do mês de maio, um novo núcleo de atendimento no estado do Rio. Localizado na Unidade de Saúde da Família Elza Borges, no bairro Santa Luzia, em São Gonçalo, o posto avançado tem como objetivo facilitar o acesso a famílias que moram na região, dando a assistência necessária à integração de refugiados e solicitantes de refúgio na cidade e colaborando para a inserção deles no mercado de trabalho.
A iniciativa é fruto de uma parceria entre o PARES Cáritas RJ e a Enel Distribuição Rio, subsidiária da multinacional italiana Enel, e faz parte do programa Desenvolver, com mediação da ONG AVSI BRASIL, organização não governamental, sem fins lucrativos, que atua no desenvolvimento de pessoas.
Desde que foi inaugurado, o projeto já mapeou 38 pessoas em situação de refúgio vivendo em São Gonçalo (19 congoleses, 14 angolanos e 5 venezuelanos) e realizou mais de 40 atendimentos. Francine, de 29 anos, natural da República Democrática do Congo, está entre os refugiados que já estão se beneficiando do novo núcleo de atendimento. Há três anos no Brasil e acompanhada pela Cáritas RJ desde sua chegada ao país, ela levava quase duas horas para chegar à sede da instituição, no bairro da Tijuca.
“Antes, eu precisava pegar três ônibus e levava mais ou menos duas horas no caminho. Agora, pego só um ônibus e, em 30 minutos, já estou lá.", conta Francine, que frequentemente precisa fazer a viagem com o marido e as duas filhas pequenas, o que tornava o deslocamento ainda mais complicado.
Quem também foi beneficiado pelo novo posto foi o venezuelano Yovany, de 39 anos. Aluno do curso de português da Cáritas RJ na UERJ, Yovany limitava-se a buscar orientação com as assistentes sociais apenas nos dias de curso, quando já ia à Tijuca. Assim, ele economizava o valor do transporte. "Agora que é perto, não tenho mais que esperar. Posso ir quando precisar", celebrou.
Andréa Vieira, assistente social da Cáritas RJ, ressalta a importância do novo ponto de atendimento, considerando a extensão territorial do Rio de Janeiro: "Muitas vezes, por causa da distância e do alto custo da passagem, os refugiados que moram em São Gonçalo acabam ficando isolados. O acesso a políticas públicas, através desse novo projeto, é extremamente relevante para garantir o exercício da cidadania a essas pessoas", afirmou a assistente social.
Além de ações voltadas para o mercado de trabalho, o programa inclui também a realização de passeios culturais e auxílio transporte para a participação nas aulas de português oferecidas pela Cáritas RJ na UERJ. A expectativa é atender a um número cada vez maior de refugiados, ampliar a área de atuação da instituição e promover, de forma mais efetiva, o acolhimento de pessoas em situação de refúgio no estado do Rio de Janeiro.
Texto: Ana Cristina Osório
Foto: Ingrid Ferrari
A iniciativa é fruto de uma parceria entre o PARES Cáritas RJ e a Enel Distribuição Rio, subsidiária da multinacional italiana Enel, e faz parte do programa Desenvolver, com mediação da ONG AVSI BRASIL, organização não governamental, sem fins lucrativos, que atua no desenvolvimento de pessoas.
Desde que foi inaugurado, o projeto já mapeou 38 pessoas em situação de refúgio vivendo em São Gonçalo (19 congoleses, 14 angolanos e 5 venezuelanos) e realizou mais de 40 atendimentos. Francine, de 29 anos, natural da República Democrática do Congo, está entre os refugiados que já estão se beneficiando do novo núcleo de atendimento. Há três anos no Brasil e acompanhada pela Cáritas RJ desde sua chegada ao país, ela levava quase duas horas para chegar à sede da instituição, no bairro da Tijuca.
“Antes, eu precisava pegar três ônibus e levava mais ou menos duas horas no caminho. Agora, pego só um ônibus e, em 30 minutos, já estou lá.", conta Francine, que frequentemente precisa fazer a viagem com o marido e as duas filhas pequenas, o que tornava o deslocamento ainda mais complicado.
Quem também foi beneficiado pelo novo posto foi o venezuelano Yovany, de 39 anos. Aluno do curso de português da Cáritas RJ na UERJ, Yovany limitava-se a buscar orientação com as assistentes sociais apenas nos dias de curso, quando já ia à Tijuca. Assim, ele economizava o valor do transporte. "Agora que é perto, não tenho mais que esperar. Posso ir quando precisar", celebrou.
Andréa Vieira, assistente social da Cáritas RJ, ressalta a importância do novo ponto de atendimento, considerando a extensão territorial do Rio de Janeiro: "Muitas vezes, por causa da distância e do alto custo da passagem, os refugiados que moram em São Gonçalo acabam ficando isolados. O acesso a políticas públicas, através desse novo projeto, é extremamente relevante para garantir o exercício da cidadania a essas pessoas", afirmou a assistente social.
Além de ações voltadas para o mercado de trabalho, o programa inclui também a realização de passeios culturais e auxílio transporte para a participação nas aulas de português oferecidas pela Cáritas RJ na UERJ. A expectativa é atender a um número cada vez maior de refugiados, ampliar a área de atuação da instituição e promover, de forma mais efetiva, o acolhimento de pessoas em situação de refúgio no estado do Rio de Janeiro.
Texto: Ana Cristina Osório
Foto: Ingrid Ferrari