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NOTÍCIA

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Há um mês no Rio, Raul busca oportunidades de trabalho na Feira. Foto: © PARES Cáritas RJ/Luciana Queiroz
95 refugiados e migrantes participam da II Feira Trampolim de Empregabilidade 
Segunda edição trouxe oferta de cursos de capacitação e vagas de trabalho em empresas como
Hortifruti e Grupo Cataratas
Rio de Janeiro, 5 de outubro de 2022 - “Na Venezuela, fui professor universitário por três anos em Administração de Empresas e Hotelaria, depois vivi no Chile por mais 7 anos. Estou no Rio há um mês. Meu projeto é conseguir um trabalho e seguir adiante, começar a pensar que é aqui onde vivo agora”, conta Raul.
 
O venezuelano é uma das 95 pessoas que participaram da II Feira Trampolim de Empregabilidade, realizada no dia 28 de setembro, na sede do PARES Cáritas RJ, no Maracanã. A ação, organizada com o apoio do escritório de advocacia Bichara, contou com a participação das empresas Hortifruti, Grupo Cataratas, GrãoLev, Grupo JFC Natural Salads, Fala Brasil e Progen.
 
Na lista de vagas oferecidas, funções variadas, como operadores de loja e de caixa; manipuladores de alimentos; repositores; ajudantes de cozinha; atendentes em padaria e no setor de alimentos e bebidas; monitores; eletricistas e professores de idiomas.
 
Além da seleção de profissionais para vagas de emprego, também foi possível se inscrever em cursos de capacitação diversos e se cadastrar na plataforma online Trampolim, lançada pelo PARES Cáritas RJ em 2021 para oferecer oportunidades de trabalho, treinamento e renda para refugiados e solicitantes de refúgio no Rio de Janeiro. Além das vagas de emprego, é possível oferecer serviços no site criado pelo PARES, com apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT-RJ) e Bichara Advogados. Na Feira, 14 empreendedores fizeram o cadastro na plataforma. 
 
Também estiveram presentes a empresa EVO Estágios, que ofereceu oportunidades para alunos de Ensino Médio Regular e a Secretaria Municipal da Mulher, que forneceu orientações sobre os canais de atendimento a vítimas da violência de gênero e realizou inscrições de 28 mulheres em cursos, como o de Defesa Pessoal, Maquiagem e Marketing Digital.

A coordenadora do Projeto Mulher Cidadã, Manuela Maçaira, aponta a importância da criação de oportunidades para pessoas em situação de refúgio, sobretudo mulheres.

​“Oferecer oportunidades para se profissionalizarem e um local de acolhimento e empatia é muito importante. O mundo pode ser ruim com pessoas de outros lugares, mais ainda com as mulheres". conclui.
Há apenas um mês no Brasil, a angolana Donana se inscreveu na Feira em busca de desenvolvimento profissional. Em Angola, ela conta ter passado por cinco oportunidades de emprego fixo, até se tornar autônoma. Hoje, sonha em se formar em Agronomia. 
​“Aqui é a terra das oportunidades. Oferecem vários cursos, alguns deles até de graça. Estou aberta para aprender, quanto mais oportunidades, melhor. "

"No ramo profissional, gosto muito de trabalhar com o público, principalmente crianças. Tenho formação com foco em gestão agrária, por isso pretendo seguir estudando no Brasil. Para mim, é o segundo país mais elevado nessa área. Quem sabe não poderia no futuro ajudar meu país com meu conhecimento?”, planeja.​
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A angolana Donana busca oportunidades de trabalho em atendimento ao público e sonha em estudar Agronomia. Foto: ©PARES Cáritas RJ/Luciana Queiroz
​Crise econômica e desemprego
Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego caiu no estado do Rio, de 14,9% para 12,6% no segundo trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior. No entanto, mais de 36% da população trabalha sem carteira assinada e ainda há muitas pessoas tentando entrar no mercado de trabalho.
 
Debora Marques, assistente social e coordenadora de Integração do PARES Cáritas RJ, destaca a importância da realização de ações de empregabilidade em tempos de crise econômica e alto índice de pessoas fora do mercado de trabalho.
 
“Pensar ações de empregabilidade para a população migrante e refugiada é muito importante, porque é uma forma de garantir que eles tenham sua autonomia nesse processo de reconstrução de vida, de adaptação ao novo país de moradia. Criar oportunidades de empregabilidade em momentos de crise é ainda mais importante, porque sabemos que são pessoas que estão em uma situação ainda mais vulnerável do que os brasileiros em vulnerabilidade, porque tem a questão cultural, do idioma, o desconhecimento de como funciona a legislação trabalhista e os caminhos de acesso ao emprego seguro, então é fundamental que a gente promova essas ações de inserção laboral.”, diz.
 
Debora conta que, além de iniciativas como a Feira, a equipe de Integração Local do PARES Cáritas RJ realiza um trabalho mais amplo, de orientação a refugiados, migrantes e empresas.

"Há todo um trabalho de sensibilização das empresas quanto à situação migratória dessas pessoas, o direito que elas têm de acessar o trabalho. E também de informação para as pessoas que atendemos sobre o trabalho seguro, a legislação trabalhista, como se portar em uma entrevista de emprego. Então, é todo um conjunto de ações que resultará no processo de contratação e inserção laboral de refugiados e migrantes”, conclui.  
Emprego e sonhos
Marbelis era dona de casa na Venezuela. Com a grave crise em seu país, ela chegou ao Brasil com seu parceiro, trazendo depois de seis meses a filha mais velha, e mais recentemente, a filha mais nova. O filho, de 29 anos, segue na Venezuela.
 
No mesmo dia da Feira, ela completou 49 anos. Desempregada, sonha com uma nova oportunidade, na área de atenção ao público. Perguntada sobre o que gostaria de receber em seu dia especial, respondeu: “Meu maior presente? Acho que Deus me deu tudo nessa vida – saúde, que é o mais importante, a vinda para cá, estar aqui na Feira, que caiu justamente no dia do meu aniversário. Com isso, estou bastante agradecida.”, disse.
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A aniversariante Marbelis disse estar agradecida com a vida, mas sonha em conseguir um emprego no Brasil. Foto: ©PARES Cáritas RJ/Luciana Queiroz
Ela também dividiu as dificuldades de sua trajetória em busca de um emprego no novo país.

“É uma ótima oportunidade para pessoas como nós, que estamos aqui como migrantes e não conseguimos trabalhar. Muitas vezes nos negam trabalho assim que nos escutam falar, porque acham que não vamos conseguir atender o público. Há pessoas que pensam que porque viemos de outros países estamos aqui para roubar seus empregos, é muito difícil. Por isso, estar aqui é muito bom, saber que temos esse apoio, a quem recorrer", completa, com esperança.
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​Texto e Fotos: Luciana Queiroz
Entrevistas: Luciana Queiroz e Rafael Vasconcelos
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