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NOTÍCIAS

120 refugiados recebem atendimento oftalmológico e doação de óculos

 Ação solidária é uma parceria entre o PARES da Cáritas RJ, o Instituto Ver e Viver (IVV), Essilor e Nissan, com objetivo dar dignidade aos refugiados através da visão.
Imagem
​Rio de Janeiro, 29 de agosto de 2019 - Cerca de 120 pessoas em situação de refúgio poderão ver o mundo com outros “olhos” e, finalmente, enxergar melhor. Em um evento, realizado na quarta-feira (21/08), no Rio de Janeiro, os beneficiados receberam atendimento oftalmológico e, caso necessário, obtiveram óculos para correção de grau - tudo de forma gratuita. A ação solidária foi resultado de uma parceria entre o Programa de Atendimento a Refugiados e Solicitantes de Refúgio (PARES) da Cáritas RJ, o Instituto Ver e Viver (IVV), a fabricante de lentes Essilor e a montadora automobilística Nissan, que tinha como objetivo dar dignidade aos refugiados através da visão.

A iniciativa partiu do IVV, que procurou o PARES Cáritas RJ, pelo seu trabalho de referência, a fim de realizar uma ação de doação com refugiados para comemorar o Dia Mundial da Visão, que acontece este ano em 10 de outubro.

“É um grupo que entra no nosso perfil de atendimento pela situação que se encontra fora da sua região de origem, e que, por muitas vezes, não consegue ter acesso a condições básicas de saúde. A meta era fazer um evento especial para atender um público mais especial ainda”, explica Rafael Botelho, supervisor de Novos Negócios do Instituto Ver e Viver.

O atendimento foi de 8h às 17h, na sede do PARES Cáritas, no Maracanã, no Rio de Janeiro. Com horário marcado, as pessoas em situação de refúgio passaram por quatro etapas. Na primeira, a triagem, um grupo inicial de voluntários identificava se o paciente tinha algum problema de visão. Caso alguma alteração fosse percebida, o refugiado era então encaminhado para a segunda fase: o autorrefrator. Por meio desse equipamento, era possível calcular o erro de refração, ou seja, ter uma média do grau.

O próximo passo era a consulta com um dos dois médicos oftalmologistas disponíveis no evento. Com um diagnóstico indicando a necessidade dos óculos, a pessoa seguia para um balcão para a escolha da armação, entre dezenas de opções. Os assistidos podiam se olhar no espelho, e ver qual se adequava melhor tendo em vista o gosto pessoal. Com a armação escolhida, é só esperar a fabricação pela Essilor.

Além da correção da visão, os oftalmologistas destacam a importância do exame para prevenção e para uma avaliação criteriosa, que permite, por exemplo, o diagnóstico de doenças como glaucoma e catarata. Quando isso acontece, o paciente é orientado para uma investigação mais completa e profunda em uma unidade ambulatorial. “O importante é garantir a saúde ocular. Admito que não tinha muito conhecimento sobre a questão dos refugiados, mas espero que seja o primeiro de muitos eventos com esse público”, disse um dos médicos especialistas, o Dr. Laércio Rocha.

Doação necessária
Quem precisa, sabe o quanto é caro comprar óculos. A questão financeira é citada pelos refugiados como o principal empecilho para a solução do problema de vista. De acordo com o Dr. Rocha, só uma consulta popular oftalmológica na capital fluminense custa cerca de 120 reais, e a fabricação das lentes mais a armação fica no mínimo 300 reais.
Não foi diferente no caso da estudante angolana Ana Lubaki, de 19 anos, que sofre com dificuldades na visão há 4 anos, mas nunca usou óculos de grau. “Para estudar era muito ruim, lacrimejava muito. Tinha que sentar na primeira fila na sala de aula para conseguir enxergar o que o professor escrevia. Até já tinha feito exame, mas não tinha condição de comprar os óculos, é muito caro”, disse. 

O mecânico congolês Jean Munanga, de 41 anos, também reclamava da ausência da correção na hora de ler o jornal ou a bíblia, por exemplo. “Ficava embaçado, algumas letras não tinham nitidez. Os óculos facilitam nesse sentido, já que a vida está na leitura”, afirmou. A jornalista venezuelana Sumarling García, de 31 anos, sentia dor de cabeça ao usar o computador. Ela disse que os óculos nunca foram uma prioridade – algo comum entre as pessoas em situação de refúgio.

“Acabei deixando a produção dos óculos para depois porque precisava sobreviver. Não é fácil ser refugiado, ter que pagar aluguel, um lugar melhor para morar, enviar dinheiro para a Venezuela”, contou a Sumarling.

A também venezuelana Carmen Urbina, de 34 anos, não consegui conter a felicidade por ter a possibilidade de enxergar bem novamente. Há três meses sem os óculos, na rua, às vezes perdia o ônibus porque precisava esperar a sua aproximação para confirmar o número. E aí já era tarde demais. “Eu precisava muito. Agora, viver vai ser mais fácil me locomover, estudar e trabalhar”, conclui.

A coordenadora de Integração da Cáritas RJ, Debora Alves, destaca ainda a relevância dos exames de vista e dos óculos na conquista de um emprego por pessoas que vêm para o Brasil em situação de muita vulnerabilidade. “Quem está em situação de refúgio pode ter dificuldade para acessar o mercado de trabalho porque tem alguma dificuldade visual. É um diferencial no processo de integração deles”, lembra.

A entrega dos óculos aos refugiados e solicitantes de refúgio acontecerá no próprio Dia Mundial da Visão, 10 de outubro, na sede do PARES Cáritas, em um evento de celebração com representantes de todos as organizações envolvidas.

“Os beneficiados vão conseguir melhores possibilidades de integração para estudo e trabalho aqui no Rio de Janeiro, que é o lugar que eles escolheram ou que tiveram a possibilidade de estar para tentar recomeçar a vida”, conclui Debora Alves.
 
Texto: Caroline Durand
Fotos: Luciana Queiroz
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